A Cultura e seus desafios na atualidade

O último dia 6 de maio foi marcado pelo encontro entre formadores de opinião de diversas regiões do estado de São Paulo, com a presença do ex-secretário especial de cultura, Mário Frias, na I Confraria De Produtores Culturais Conservadores. O evento aconteceu na zona oeste de São Paulo, e reuniu diversos setores culturais como teatro, dança, moda, editorial, design, audiovisual, música, canto, tecnologia, dublagem, shows, eventos e instituições internacionais.

Na ocasião foram abordados assuntos de extrema importância para o setor, entre eles o desafio para proteger os direitos da criança e do adolescente em uma agenda que tem sido marcada de forma sistemática pela desconstrução dos valores cristãos. Mário Frias foi assertivo ao afirmar que, à semelhança do Presidente, acredita e luta pela conservação dos princípios e valores cristãos, pela família, pátria e liberdade.

Mário Luís Frias, conhecido como Mário Frias, é cristão, casado, pai de um casal de filhos,ator, cantor e apresentador de TV, tem 25 anos de carreira artística e trabalhou nas maiores emissoras do país. Foi nomeado pelo Presidente Jair Bolsonaro como Secretário Especial de Cultura do Governo Federal, onde permaneceu até Março de 2022. Hoje, filiado ao PL, lançou sua pré-candidatura a Deputado Federal por São Paulo.

O ex-secretário, em 1 ano e 8 meses à frente da Secretaria de Cultura, explicou aos presentes que não se pode dizer o que é bom ou não na arte, e nem as leis Rouanet ou

Aldir Blanc são ruins, o que ocorre é o mau uso dos recursos. Como especificado no artigo 22 da Lei Rouanet, “os projetos não podem ser objeto de apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico ou cultural”. Mas, o que ocorre é a desmoralização do recurso que se fez ao longo dos anos.

Com discurso consciente e expressado com muita serenidade, ele mencionou ainda que os três pilares que regem sua trajetória são: TRABALHO, SACRIFÍCIO E FÉ. E que não é possível desassociar a religião da política. “A produção cultural tem sido voltada para destruir a família. A construção dessa narrativa diária é muito grande, mas nós temos a possibilidade de fazer diferente e eu sou uma pessoa que gosta de crer para ver acontecer. Não tem essa de não falar sobre política, pergunte ao seu vizinho que país ele quer para os seus filhos?”, mencionou Frias.

Mário Frias comentou ainda sobre muitos produtores culturais excelentes que não conseguem difundir sua arte pela falta de acesso a oportunidade. “Nós vivemos o sepultamento de diversos artistas que não conhecemos porque não tiveram espaço. A arte transcende a vida cotidiana e a criatividade”.

Para ele, o efeito nefasto dessa cultura que por anos foi difundida pela esquerda se manifesta na, falta de inclusão social e a capacitação em uma cultura hedonista que, ensina aos jovens que a busca pelo prazer é mais importante do que a felicidade conquistada através de sacrifícios, seja por algo ou por alguém.

Por isso ele propõe como pauta a defesa da fé, da família e de uma cultura democrática que respeita a arte em como um fim em si mesma e finalizou sua participação frisando que por mais que esteja sofrendo diversos ataques por seu posicionamento, sua paixão pela arte não está associada ao que poucos pensam e falam sobre a forma como ele expressa suas convicções. “Seja qual for a sua religião e a sua fé, você tem que gritar muito alto no que você acredita. E minha força não está no Estado, está na minha família”.

Na oportunidade também foi debatido sobre o Metaverso, a tecnologia imersiva de realidade virtual utilizada em experiências culturais, visto que toda tecnologia é um caminho de mão dupla, o que se produz através dela também nos produz, inovando não somente o conceito do que é cultura, mas do uso que fazemos dela em todas as suas vertentes de forma virtual e na vida real comunitária.

Segundo pesquisas feitas pela Academia Nacional de Cultura e de acordo com IBGE (2010 – 2018), em 2018 o setor cultural brasileiro movimentou R$104,37 bilhões, empregou em ocupações dos setores criativos da cultura em torno de 3.763.271 de vagas (8,54% do total de empregos formais no Brasil); produzindo uma renda média de R$2.293,64. E mesmo diante de tamanho desempenho econômico social, a representatividade política do setor na Câmara Federal não chega a 5% dos deputados federais eleitos. “Por isso, nós da ANC, entendemos ser muito importante compreender e se engajar na mudança desse paradigma”. Novas edições do evento estão sendo organizadas para reunir o maior número de formadores de opinião empenhados em debater sobre a melhoria no setor cultural no país.

Por Aline Kolbe