Papa Francisco e a juventude: um pontificado marcado pela inclusão, educação e esperança

O Papa Francisco dedicou o seu pontificado à inclusão, educação e juventude, promovendo valores de solidariedade, justiça social e cuidado com o meio ambiente

Em 13 de março de 2013, o Cardeal Bergoglio foi eleito, no segundo dia de conclave, como o mais novo Sucessor de Pedro. Escolhendo o nome de Francisco, o primeiro a homenagear o santo protetor dos animais e dos mais pobres, foi fiel a sua formação como jesuíta. Além da escolha de seu nome, sua primeira grande viagem apostólica, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro, já dava uma ideia de como seria sua trajetória: próximo à juventude.

Diante de milhões de jovens reunidos no Brasil, Francisco incentivou uma fé ativa e transformadora, pedindo que os jovens “saiam às ruas” e sejam protagonistas na construção de um mundo mais justo e solidário. Esse chamado ressoou ao longo de seu pontificado e serviu como base para diversas iniciativas e reflexões sobre educação e inclusão social. Além da JMJ de 2013, Francisco esteve presente em outras edições do evento, sempre reforçando a importância da educação e do protagonismo juvenil.

Seu pontificado foi marcado por uma visão de educação que não se limita ao ensino formal, mas que inclui valores como solidariedade, cuidado com os mais pobres e respeito ao meio ambiente. Seu olhar compassivo e sua insistência na construção de uma sociedade mais justa fizeram dele um líder que inspirou milhões de jovens e educadores ao redor do mundo. O Papa espalhou sua mensagem de esperança, lembrando que a verdadeira transformação começa na formação das novas gerações.

Seu compromisso com a educação e a formação integral

O Papa Francisco abordou a educação e a juventude em diversas encíclicas publicadas ao longo dos últimos 12 anos. Logo no início, em 2013, lançou Lumen Fidei (A Luz da Fé), que reafirmou a importância da fé como guia para o crescimento humano e intelectual. Em 2015, publicou Laudato Si’ (Louvado Sejas), um marco na reflexão sobre o meio ambiente. A encíclica destaca a interconexão entre a crise ecológica e a pobreza, chamando atenção para a responsabilidade educativa na formação de cidadãos comprometidos com a sustentabilidade e a justiça social.

Já em 2020, com Fratelli Tutti (Todos Irmãos), Francisco enfatizou a necessidade de um mundo mais fraterno e solidário. O documento reforça a educação como ferramenta essencial para a construção de sociedades mais inclusivas, combatendo a desigualdade e promovendo a paz. Mais recentemente, em 2024, lançou Dilexit Nos (Ele Nos Amou), uma reflexão sobre o amor e a compaixão, convidando a um olhar mais humano e afetivo na educação e nas relações sociais.

O compromisso do Papa Francisco com a educação se refletiu também em suas intenções de oração e ações concretas. Em janeiro de 2025, dedicou sua intenção de oração ao direito à educação, destacando que milhões de crianças e jovens ainda estão fora da escola. “Segundo ele, essa é uma “catástrofe educativa” que precisa ser enfrentada com urgência. Papa Francisco também alertou sobre os desafios que as novas tecnologias trazem para a educação, enfatizando a importância de um uso responsável e humanizado desses recursos”, ressalta o Prof. Ms. Pe. João Batista Gomes de Lima, Diretor-Presidente da ANEC.

O Papa do povo e sua relação próxima aos mais necessitados

Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, o primeiro papa latino-americano e jesuíta da história sempre manteve hábitos simples, enfatizando a necessidade de uma “Igreja pobre e para os pobres”. Sua trajetória como arcebispo de Buenos Aires já evidenciava esse compromisso, promovendo um forte trabalho social junto às comunidades marginalizadas.

Desde que assumiu o comando da Igreja Católica em 2013, o Papa Francisco se destacou por sua abordagem próxima aos fieis e voltada para os mais necessitados. Além disso, sempre destacou a importância da educação, sendo um dos maiores defensores da formação integral do ser humano — que deve abranger tanto a dimensão humana quanto a espiritual, pastoral e comunitária.

Apesar das críticas conservadoras, o Papa Francisco consolidou sua liderança como um símbolo de renovação e diálogo. Seu papado se caracterizou pela tentativa de aproximar a Igreja das realidades do mundo contemporâneo, promovendo o respeito às diferenças e buscando a reconciliação dentro e fora da instituição. Sua mensagem permanece clara: fé e justiça social devem caminhar juntas para construir uma Igreja mais humana e próxima das pessoas.

Sobre a ANEC

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) é uma instituição sem fins lucrativos, de caráter educacional e cultural, representante da Educação Católica no Brasil, e unida em comunhão de fé com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

A instituição atua em favor de uma educação de excelência para promover uma educação cristã, entendida como aquela que visa à formação integral da pessoa humana, sujeito e agente de construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e pacífica, segundo o Evangelho e o ensinamento social da Igreja.

A ANEC atua em 900 municípios do Brasil, realiza 172 obras sociais e tem como associadas 901 escolas, que incluem Creche, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, e 81 instituições de Ensino Superior, que atendem a mais de 1,5 milhão de alunos, além de 357 mantenedoras.