Psicóloga Nanda Perim, a PsiMama, conta como administrar o tempo de tela das crianças

O hábito de dedicar tempo e atenção para algum tipo de tela, seja celular, tablet, computadores ou TV tem acompanhado a proporção do avanço da tecnologia. Essa tendência também abrange crianças, o que gera preocupação em muitos pais, não apenas pela vulnerabilidade a qual os pequenos se expõem, mas também pelos efeitos causados por um uso muito intenso de aparelhos como esses. Por conta disso, é muito comum ver estes mesmos pais em busca de alguma solução para amenizar o consumo, mas no fim das contas, não saberem o que fazer.

Quanto aos efeitos, Nanda Perim que é psicóloga, mae e Especialista em Inteligência Parental explica como a exposição excessiva às telas pode ser prejudicial aos pequenos.

“O excesso de telas, por liberar muita dopamina — mais do que vendo uma paisagem bonita —, acaba estabelecendo um padrão de ‘recompensa’ que o mundo naturalmente não consegue manter. Ou seja, as telas estabelecem um nível de dopamina que o mundo não consegue suprir. Além disso, há o acúmulo de cortisol que deixa a criança mais estressada, explosiva ou ‘chorosa’ e sensível”, conta.

Nesse sentido, aborda a necessidade de uma rotina bem estabelecida como aliada, já que determinar horários em que se pode e não se pode dedicar tempo às telas também determina, automaticamente, a necessidade de se distrair de outras maneiras. Ainda que, de início, o filho sinta dificuldade com o surgimento do tédio, PsiMama esclarece a importância desse tédio em favor do ócio criativo, pois ele irá permitir que a criança crie brincadeiras diferentes a partir da própria imaginação.

Nanda também reforça a importância do papel dos pais nesse contexto. “É necessário que haja tempo de qualidade para brincar e gastar energia, além de tempo para se suprir de atenção e amor dos pais. Quando a criança se sente suprida, ela não precisa tentar preencher esse tanque vazio com telas”, afirma.

Além de estar atento ao tempo em que se presta às telas, é igualmente necessária a atenção ao conteúdo com que se interage, pois estes podem e devem agregar positivamente de maneira paralela à educação que as crianças recebem. Segundo PsiMama, dar prioridade a vídeos construtivos e informativos, aplicativos de jogos que acrescentam como os que ensinam novas línguas, raciocínio lógico, estratégico – e diversão construtiva, como jogos que envolvem habilidades, é uma prática recomendada. E não menos importante, sempre dar preferência a aplicativos restritos, pois jogos universais muitas vezes apresentam riscos de se pôr em contato com os pequenos “predadores” que estejam em busca de crianças desassistidas.

Ainda sobre o teor do que as crianças consomem, a psicóloga ressalta que vídeos de crianças brincando ou de adultos fingindo que são crianças quase sempre passam aprendizados negativos e promovem consumismo exagerado. E se os pequenos aprendem mais com o que veem do que apenas com o que ouvem, conteúdos como esses podem ser altamente maléficos para o comportamento tanto dentro quanto fora de casa.

A psicóloga também fala sobre a famosa questão de quando dar um celular para uma criança. “A criança só poderá ter celular quando tiver maturidade para saber se proteger dos predadores que existem na internet, e que tenha consciência para não exagerar no consumo”, afirma. “Além disso, a criança precisa ter responsabilidade para não compartilhar seu número com qualquer um”, complementa.

Em contrapartida a essa necessidade de ter um celular já desde muito cedo, a educadora parental expõe que desenvolver brincadeiras e atividades que dispensem o uso de telas e, ainda assim, consigam atrair e distrair as crianças é uma realidade possível. Isso pode ser feito no ato dos próprios pais em pedirem ajuda a criança ou ao fazerem pesquisas online juntos para buscar ideias, reforçando o uso positivo da internet na rotina de ambos.

Conheça mais sobre Nanda Perim:
https://instagram.com/psimamaa
http://PsiMama.online

Imprensa Concedida por: Roberta Nuñez – https://instagram.com/rnassessoriaimprensa