Dra Renata Castilho explica os principais motivos para usar protetor solar todos os dias
Recentemente viralizou na internet o caso de uma senhora de 92 anos que usou protetor solar no rosto por mais de 40 anos e que não o passava no pescoço. Exames clínicos publicados em um artigo científico no Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology mostram o poder que o protetor solar possui na prevenção de danos solares na pele, na imagem do artigo em questão, se vê nitidamente a diferença de qualidade entre a pele do rosto e a do pescoço que ficou mais de 4 décadas sem proteção.
Você sabia que o câncer da pele no Brasil corresponde a 33% de todos os diagnósticos de câncer, sendo a principal causa dessa doença é a exposição excessiva ao sol?
A dermatologista clínica e estética Renata Castilho, explica que, usar o protetor solar é um ato simples, mas que pode fazer toda diferença, agindo na prevenção de diversos problemas de pele causadas por exposição ao sol, como o câncer de pele, melasma, lesões e manchas do envelhecimento.
Estudos científicos indicam que a radiação UV pode provocar variadas alterações químicas nas células da epiderme, especialmente no DNA, ocasionando transformações malignas.
A radiação UVA, por exemplo, é capaz de penetrar profundamente nas camadas mais profundas da pele, lesando indiretamente o DNA por meio da produção de espécies reativas de oxigênio. No caso da radiação UVB, por sua vez, pode ser absorvida na epiderme quase que em sua totalidade, com o principal resultado o envelhecimento precoce da pele e danos que podem originar um câncer.
Assim como o sol que emite raios ultravioletas, as luzes visíveis de ambientes fechados, como as lâmpadas fluorescentes e a luz do computador, também emitem radiação que causa alterações no DNA da pele e desencadeiam efeitos potencialmente nocivos como manchas e envelhecimento, mais um alerta para você nunca deixar de proteger a pele com filtro solar diariamente.
“Diante disso, vale ressaltar a importância o uso do protetor solar diariamente, o qual é considerado essencial à fotoproteção da pele, pois reduz o risco de melanoma através da inibição de uma fotolesão que dá origem a diversos tipos de câncer e previne o dano do DNA, induzido pelas radiações UV.” alerta Renata Castilho.
A dermatologista cita alguns indícios e sintomas mais comuns para lhe ajudar a identificar o início de um câncer de pele ou um câncer já desenvolvido, confira:
– Pintas que aumentam de tamanho;
– Pintas que coçam ou sangram;
– Pintas que mudam de cor ou têm formato irregular;
– Feridas que não cicatrizam por vários dias;
– Feridas ou nódulos na pele de cor branca, avermelhada ou rosa que crescem rápido e formam uma casquinha;
– Tumores que podem ter aspecto de lesões tipo verrugas, nódulos sobrelevados e avermelhados e manchas mais ásperas.
Existem diferentes tipos de câncer de pele?
Renata Castilho esclarece que o carcinoma basocelular e o carcinoma epidermoide são dois tipos de câncer não melanoma, mais frequentes, menos graves e mais fáceis de serem curados. Porém, o carcinoma espinocelular, quando diagnosticado numa fase avançada, pode ser perigoso e em alguns casos pode espalhar-se para outros órgãos do corpo.
Já o câncer de pele melanoma, é o tipo mais perigoso. É um câncer maligno que pode surgir como uma pinta ou sinal escuro na pele, causando coceira, descamação, alteração de forma e tamanho. Sua principal causa é a exposição prolongada ao sol.
A principal forma de evitar câncer e outros danos na pele, é o uso de filtro solar, tanto no rosto quanto no pescoço, que muitas vezes acaba sendo negligenciado. Em casos de exposição de outras partes do corpo, o uso do protetor também é imprescindível.
O uso do protetor solar deve ser realizado durante todas as estações do ano, não somente em dias ensolarados, até mesmo quando o tempo está mais nublado, a radiação UV atravessa as nuvens e afeta negativamente a pele desprotegida.
“É recomendado consultar o dermatologista sempre que verificar alterações num sinal, pinta ou mancha. Na maioria dos casos, um sinal com alterações não é câncer e nestas situações, o médico pode pedir consultas regulares para observar se houve alterações na pele, ou pode até mesmo escolher remover o sinal cirurgicamente, quando há sinais indicativos de malignidade.” finaliza a dermatologista Renata Castilho.
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