O maior Festival Literário leste Fluminense pode não acontecer em 2022

O FLISGO – Festival Literário de São Gonçalo corre o risco de não se realizar este ano por falta de apoio público e patrocínio. O evento, considerado o maior do Leste Fluminense, que tem como objetivo descentralizar arte e cultura oportunizando  escritores e editoras locais e regionais, conta com apresentações musicais, de teatro e dança, além de promover saraus, roda de conversas, lançamentos além de promover acesso gratuito à comunidade e fomento à leitura com distribuição de livros, principalmente, a projetos sociais que atendem crianças de áreas de vulnerabilidade social. Segundo os críticos locais, o evento é um divisor de águas para o cenário cultural da cidade. Considerado um dos principais eventos já realizado no município nas últimas décadas.

Criado em 2019 pelo produtor cultural e ativista social Alberto Rodrigues, que trabalha de forma efetiva no município de 2017, o FLISGO é um produto do Grupo Acesso Cultural que, durante estes 6 anos, marcou sua chancela em eventos como Acesso Literário, Papo de Moda, PEC- cult, Escritas Pretas, Flisgo Mulher, Flisgo Solidário, Damas Silenciadas, FOSG, doação de livros para bibliotecas comunitárias,  Prêmio Ubuntu de Cultura Negra 2022, produções de documentários, filmes como “Proteção” do cineasta Alberto Sena. Não o bastante, Alberto Rodrigues é responsável por introduzir artistas e escritores regionais nos grandes festivais como Bienal, LER etc., sempre que recebe um convite faz questão de oportunizar os criativos anônimos levando-os junto consigo. Natural de São Luís-MA, Alberto se tornou presença constante, seja em eventos literários, premiações ou em atividades culturais ou ações voltadas para as comunidades mais carentes, isso dentro e fora do estado. Tendo por foco levar a cultura aos menos favorecidos, sua luta é diária e constante para fazer a diferença em sua cidade e para os leitores de todo o Rio de Janeiro. Foi convidado pela própria Dra. Helena Theodoro, autora do enredo do GRES Salgueiro 2022, compor a Ala Resistência onde estava presentes grandes nomes do ativismo brasileiro, o que reafirmar a importância de suas ações no cenário de ativismo na luta contra as desigualdades sociais que assolam no país.

“Não temos como falar de futuro, ou de que as crianças são o futuro de nossa nação, sem viabilizarmos acesso a bens sociais e a bens culturais. Por isso, me preocupo em promover e  fomentar leitura da mesma forma que lutamos, ao lado de parceiros e parceiras incansáveis por nossas demandas. Principalmente para  luta contra desigualdade social, na luta contra o racismo e para trazer protagonismo ao povo preto.” pontua Alberto.

Como alguém que faz tanto, por várias causas, mobiliza tantas pessoas e tem a credibilidade de todo um setor ainda não tem apoio de aporte financeiro direto? Esta é a pergunta que fica todas as vezes em que Alberto Rodrigues e o grupo Acesso Cultural se movimentam para fazer algo, tendo como diferencial a capacidade de criar o inesperado, a simpatia e seriedade com que todos os processos são conduzidos.

Um pouco mais sobre Alberto Rodrigues

Além de produtor cultural, Alberto é comunicólogo; está palestrando e fazendo oficinas sobre o seu recém-lançado livro infantil “Minha pele” pela Editora Nandyala, que fala sobre sua a relação com suas duas filhas o sobre o tema da diferença da cor de pele entre elas, realidade das famílias brasileiras. Também desenvolve oficinas de escritas criativas com seu primeiro Livro “Pensamentos A.Ro” pela editora Apologia Brasil com jovens e a terceira idade; está produzindo o Prêmio Cidadania Cultural (segundo ele só não saiu ainda por falta de apoio), prêmio único da  cidade e que tem por proposta reunir mais de 100 artistas do Município de São Gonçalo. Faz a coordenação do Prêmio Ubuntu de Cultura Negra (prêmio a nível estadual). Coordena o FOSG – Fórum Social de São Gonçalo, com mais de 50 instituições sociais do município; dentre outras ações como defensor de políticas públicas para garantir direitos a bens sociais e a bens culturais. E está coordenando e organizando a instituição da ABL Pretas – Academia Brasileira de Letras e Artes Pretas junto com a renomada Dra. Elisabete Nascimento.

Alberto recebeu algumas moções no Município do Rio pelo seu trabalho em combate às desigualdades sociais e ao racismo, assim como pelo o valor do seu trabalho cultural descentralizando a Arte e cultura. Também em reconhecimento ao seu trabalho recebeu o prêmio como produtor Cultural Do 1º Prêmio Cultural BatucAsé e foi surpreendido ao receber o prêmio na categoria ações literárias inspiradoras do Prêmio Ubuntu. Hoje é Doutor Honoris Causa, título concedido pela Ordem dos Capelães do Brasil juntamente com a faculdade FEBRAICA –  Formação e Especialização Brasileira e Internacional de Capelania.